quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Bookmarks, o que fazer com eles?

Tenho que confessar que nunca consegui arranjar uma organização para os meus bookmarks!
Tenho meia dúzia deles que consigo organizar e que utilizo na toolbar de bookmarks como se fossem menus, utilizando uma estrutura de pastas para criar sub-menus. A falta de suporte para pastas e subpastas no Flock foi um dos motivos que me afastou deste browser, tudo bem que a ideia de utilizar tags para classificar os bookmarks não parece má, mas a aplicação parece-me ter falhado redondamente já que não encontrei uma forma prática de os utilizar tanto na classificação como no acesso aos bookmarks já existentes. E penso que o facto de suportar tags não devia ter servido de desculpa para a extinção das pastas.

Para além destes bookmarks que referi acima, os outros tendem a amontoar-se, de vez em quando lá crio uma pasta para classificar alguns bookmarks, mas nada de coerente. A verdade é que me parece que o conceito actual de bookmarks é fraco e leva à desorganização no seu uso ou mesmo ao abandono. Os utilizadores não avançados tendem a usar um número mínimo de bookmarks e perdem com frequência links que poderiam ser úteis só para não aumentarem muito a sua lista de bookmarks, já que raramente algum utiliza pastas.

As soluções on-line também não convencem, por vários motivos, os principais parecem-me ser o facto de não ser prático fazer um bookmark se bem que creio existirem plugins de Firefox que facilitam a criação de bookmarks em sites tipo del.icio.us, mas aqui surge o motivo que mais me afasta de testar sequer este tipo de solução. Um colega de trabalho criou um profile no del.icio.us, colocou por lá os seus bookmarks, tudo privado e passado uns tempos outro colega numa pesquisa no google conseguiu ver todos os bookmarks supostamente privados do outro colega.

Assim continua a questão, o que fazer com os bookmarks?

4 comentários:

Anónimo disse...

Bookmarks realmente privados, ficam alojados no firefox (estar a meter links privados na net é um contra-censo ).

O resto vai tudo para o delicious, até porque lhes posso aceder sem estar no pc, em casa, e fomenta a partilha de conhecimentos (na secção "Most Popular" do delicious encontram-se artigos interessantíssimos).

Marco Lopes disse...

A verdade é que os meus bookmarks nada têm de privado, só não me agrada a ideia de uma pesquisa no google revelar demasiada informação sobre mim.
Um dia destes vou mesmo ter que dar uma oportunidade ao del.icio.us mantendo sempre em mente que aquilo é muito pouco privado.

Anónimo disse...

"metade dos preciosos bookmarks que nunca mais conseguiremos encontrar novamente, já apontam para lugar algum e a única coisa que conseguimos é um rotundo 404"

Isso é inevitável, muitas vezes. Ou se guarda os artigos num txt no disco ou isso pode mesmo vir a acontecer.

"não me agrada a ideia de uma pesquisa no google revelar demasiada informação sobre mim"

Já pensei várias vezes nesse ponto. Eu, por exemplo, partilho uma lista dos últimos bookmarks guardados no delicious, no blog. Tenho também uma rede, dentro do delicious, com varios participantes. Não estou a dar demasiada informação às pessoas? "Humm, olha só o que este dude anda a ler ultimamente" ... Dá que pensar. Se isso realmente é importante? Isso já depende de cada um de nós. Se eu tiver uns links para artigos importantes nos quais me vou basear para fazer alguma coisa relacionada com trabalho, de extrema importância, prefiro não os partilhar. Tenho o Firefox organizado por pastas, guardam-se lá.

Tanta conversa e continua sem haver uma resposta ... O meu ponto forte não são as ideias novas :)

Marco Lopes disse...

A questão da privacidade coloca-se de uma forma bastante séria na internet, eu conheço pelo menos duas pessoas a quem já aconteceu por alguém discordar das opiniões deles num fórum depois de alguma pesquisa no google descobrirem outros fóruns onde o mesmo utilizador estava registado e andarem a difamá-lo. No caso de um deles chegou a fazer fotomontagens com fotos que encontrou após uma pesquisa mas que por sorte até eram de outra pessoa com o mesmo nome.

Um dos casos aconteceu com um utilizador do relvado há uns dois ou três anos, outro foi há alguns meses num fórum chamado mobile freaks, o uso indevido da informação investigada na net foi insistente e esse meu amigo acabou por descobrir que a pessoa que o fazia, ao contrário do que suponhamos não era um adolescente com tempo a mais nas mãos mas um arquitecto com trinta e tal anos.

E em casos extremos temos exemplos como este.