segunda-feira, 2 de julho de 2007

Que futuro para as Democracias ?

Primeiro que tudo queria fazer uma espécie de disclaimer. Porque a minha escrita não tem piadinha nenhuma e se eu alguma vez me puser a escrever um livro apoio todos os que assinem uma petição para acabar com o meu livro e o substituir por um belo exemplar de poesia Vogon.
E também porque as minhas opiniões tendem a ser radicais, self-centered, pouco razoáveis e extremamente polémicas, sendo que até a mim me custa a ler a rezinguisse que escrevo quando se trata de temas sociais.
Quero também agradecer aquele que aparentemente é meu conterrâneo, o Carlos Afonso, pois eu não estava a pensar escrever o artigo do mês e acabei por o fazer por ter conseguido organizar as minhas ideias como consequência da conversa sobre o assunto que tivemos no regresso do jantar do Planet Geek.
Para terminar o disclaimer, fica o aviso de que sou bastante volátil e que possivelmente dentro de duas semanas já discordarei de grande parte do que aqui disse ;)
Dito isto aqui fica o artigo:

Todos os sistemas têm a sua duração, todos acabam. Foi assim com o sistema imperial, monárquico, dictatorial e creio que será assim com as democracias.
Para citar uma banda da qual não sou grande fã:
Nunca gostei que a maioria

Organizasse o meu dia a dia

Não acredito em democracia

A democracia é a ditadura das maiorias. Para um povo como o Português que se gosta de nivelar pela bitola da mediocridade custa a ouvir e mais ainda custará a admitir que as pessoas não são todas iguais. A grande maioria das pessoas não é inteligente e age quase em piloto automático.
Pode-se comparar uma eleição com uma experiência com ratos, onde teríamos uma gaiola, grande, com uma zona à qual os ratos estão habituados e outra zona que eles nunca exploraram mas que está ao alcance da vista. Na zona conhecida existem, no caso específico de Portugal, dois comedores, noutros sítios os números poderão ser diferentes, e ambos dão choques eléctricos. Na zona desconhecida existem vários outros comedores que não se sabe se dão choque ou não. Mas os ratos correm entre esses dois comedores e nunca se arriscam a ir à zona desconhecida apesar de verem por lá outros comedores.
As consequências para os poucos que estão acima desta maioria são catastróficas. São permanentemente governados por um bando de ladrões, idiotas, corruptos, etc... sem que possam fazer o que for para o impedir.
Numa democracia, como um todo um povo tem os governantes que merece, individualmente existem sempre membros de minorias que são prejudicados pela ignorância da maioria.
Por isto a democracia já provou que não funciona, aproveitando-se desta ignorância, as grandes corporações, como por exemplo as farmacêuticas, as tabaqueiras (como se pode ver recentemente pelos sucessivos recuos na lei do tabaco até a tornar praticamente inútil), construtoras, etc... , aproveitam para controlar o poder.
Quais seriam então os sistemas que poderiam substituir a democracia?
Essa é uma discussão que não se encaixa no âmbito deste artigo e que daria pano para mangas. O que se sabe é que dos sistemas supra-referidos aparentemente nenhum é melhor que a democracia. Mais vale a ditadura da maioria do que a de um homem só.

2 comentários:

Carlos Afonso disse...

Ainda bem que escreveste o teu artigo. Como julgo que sabes temos uma clara diferença de opiniões, mas isso a meu ver é bom.
Quanto ao último parágrafo do teu que estaria fora do âmbito do tema do mês julgo que estejas equivocado, se calhar o equivocado sou eu, mas todos os aperfeiçoamentos a um status quo podre ou uma proposta de algo muito inovador estariam perfeitamente dentro do tema que futuro para a democracia (mesmo a sua morte)?

Marco Lopes disse...

Eu não me desenvolvi sobre isso porque considerei que os sistemas alternativos à democracia seria um tema à parte.